Durante o encontro do G20 no Rio de Janeiro, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a BusinessEurope assinaram uma carta pedindo a conclusão do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE).
Segundo o documento, o tratado, que está em negociação há mais de 20 anos, poderia ampliar em até cinco vezes a integração do Brasil ao mercado global.
A CNI estima que, com os acordos atuais, o Brasil tem acesso preferencial a cerca de 8% das importações globais de bens.
No entanto, com a concretização do acordo com a UE, esse percentual poderia subir para 37%.
Já que a União Europeia representa 29% das vendas globais.
A CNI afirma que a atual integração global do Brasil ainda limita o país e o desfavorece.
Além disso, 79 organizações da UE e do Mercosul assinaram uma carta em apoio ao avanço nas negociações.
O documento, dirigido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a quatro ministros.
Reforça a necessidade de concluir rapidamente o Acordo de Livre Comércio entre os blocos.
Segundo o texto, o Acordo Mercosul-UE Pode Transformar o Comércio Brasileiro e desempenhará um papel fundamental na preservação da competitividade das economias envolvidas.
No entanto, as discussões sobre o acordo enfrentam obstáculos.
Na semana passada, o primeiro-ministro francês, Michel Barnier, disse que a França não aceitará assinar o tratado sem modificar o texto atual.
Ele destacou que ninguém pode ignorar a posição de um país como a França.
Durante os preparativos para a cúpula do G20, o embaixador Mauricio Lyrio declarou que não seria possível alcançar um consenso durante o evento no Rio de Janeiro, mas confirmou que o objetivo do governo brasileiro continua sendo concluir as negociações até o fim do ano.
O documento das entidades empresariais foi entregue aos governos do Brasil, Argentina e Uruguai, bem como ao Parlamento Europeu.
A carta argumenta que o acordo fortaleceria a indústria, ampliaria mercados e garantira uma oferta estável de insumos.
Especialmente em um cenário global marcado por crises e incertezas.
O Acordo Mercosul-UE Pode Transformar o Comércio Brasileiro, é visto como um passo importante para garantir a resiliência econômica e promover um comércio livre e sustentável.
A CNI destaca que, para a economia brasileira, cada R$ 1 bilhão em exportações para a UE gerou, no ano passado, 21,7 mil empregos, R$ 441,3 milhões em salários e R$ 3,2 bilhões em produção.
Em comparação, as exportações para a China, maior parceiro comercial do Brasil, criaram 15,7 mil empregos e geraram R$ 315,2 milhões em salários, além de R$ 2,7 bilhões em produção.
Hoje, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, terá uma reunião bilateral com o ministro das Finanças da França, Antoine Armand, às 18h15.
Mais tarde, ele participará de um jantar com o presidente francês Emmanuel Macron, às 20h, na Casa Firjan, no Rio de Janeiro.
A reunião entre Macron e o presidente Lula, que a princípio ocorreria na noite de ontem, foi transferida para hoje devido a atrasos.
No entanto, a recepção aos participantes do G20 está marcada para as 18h.
Em entrevista à CNBC, Haddad disse que a França ainda impede a assinatura do acordo entre a União Europeia e o Mercosul.
Ele afirmou que, sem a resistência da França, o tratado já estaria concluído.
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