A Klabin (KLBN11) apresentou um terceiro trimestre mais forte do que o esperado, de acordo com a análise do BTG Pactual.
A companhia viu seu lucro quase triplicar, alcançando R$ 729 milhões, em comparação aos R$ 245 milhões registrados no mesmo período do ano anterior.
Embora tenha havido uma queda de 12% em relação ao trimestre anterior, o EBITDA de R$ 1,805 bilhão superou as expectativas do banco em 8%.
Segundo os analistas Leonardo Correa e Marcelo Arazi, “a revisão em nossas estimativas reflete uma receita por tonelada na divisão de celulose superior ao previsto, além de custos de caixa por tonelada melhores do que o esperado”.
Durante o trimestre, a Klabin também teve uma robusta geração de fluxo de caixa livre, superior a R$ 800 milhões, resultando em um rendimento anualizado de cerca de 14%, impulsionado por uma liberação positiva do capital de giro.
A alavancagem subiu para 4,1x, conforme esperado, em razão do pagamento relacionado ao projeto Caetê.
Os analistas do BTG destacam que, com um aumento de caixa de R$ 1,8 bilhão do Projeto Plateau e uma nova política de dividendos.
A expectativa é que a alavancagem diminua gradualmente.
Embora reconheçam que a Klabin é uma empresa bem administrada, com um beta baixo e crescimento diversificado.
O BTG mantém uma recomendação neutra com um preço-alvo de R$ 28, por conta da avaliação de mercado.
Os analistas acreditam que a Klabin está bem posicionada para aproveitar condições favoráveis na maioria de suas unidades de negócio.
O que pode resultar em um impulso considerável nos lucros nos próximos trimestres.
Eles observam que, apesar da pressão no cenário de celulose, há tendências positivas para kraftliner e caixas de papelão ondulado.
Com os projetos Puma II e Figueira avançando, a Klabin deve continuar a apresentar um crescimento sólido, que o mercado ainda não reconheceu adequadamente.
Além disso, o BTG vê a Klabin como uma boa opção para exposição ao dólar, afirmando que uma depreciação de 10% do real resulta em um aumento de 13% no EBITDA.
A empresa está sendo negociada a cerca de 7x o valor da empresa em relação ao EBITDA de 2025, um nível inferior ao intervalo justo de 8-8,5x.
Embora ainda seja considerada premium em relação aos seus concorrentes regionais.
Os analistas também comentam sobre a importância de acompanhar as tendências do mercado de papel e celulose, que podem influenciar diretamente os resultados da Klabin.
“A dinâmica do setor e as necessidades crescentes por embalagens sustentáveis são fatores que podem beneficiar a empresa a longo prazo”, afirmam Correa e Arazi, sugerindo que investidores atentos podem encontrar oportunidades valiosas na Klabin, mesmo em meio a desafios temporários.
Com um cenário de incerteza econômica, a habilidade da Klabin em navegar por essas águas turbulentas será fundamental para seu desempenho futuro.
A gestão eficaz e a estratégia de diversificação de produtos devem ajudar a mitigar riscos e capitalizar oportunidades à medida que o mercado se recupera.
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