A história da empresa portuguesa Ramirez é um testemunho de resiliência, inovação e visão de longo prazo. Com uma trajetória que se estende por impressionantes 172 anos, a companhia não é apenas a mais antiga produtora de conservas de pescado do mundo, mas também uma marca que soube se reinventar e se adaptar aos desafios e oportunidades de diferentes épocas e mercados. Sua presença no Brasil, que já ultrapassa um século, reforça essa capacidade de adaptação e aposta em um mercado com potencial gigantesco. Agora, a Ramirez mira uma nova fase de expansão no país, com a estratégia focada no segmento premium e a possibilidade real de instalar uma fábrica em território brasileiro, um movimento que seria catalisado pela concretização do acordo entre a União Europeia e o Mercosul, visto como uma verdadeira “virada de chave”.
A Tradição Centenária da Ramirez e Sua Conexão com o Brasil
A Ramirez não é apenas uma empresa; é uma instituição. Fundada em 1853, em Vila Real de Santo António, Portugal, a companhia iniciou suas atividades em um momento em que a pesca e a indústria conserveira eram pilares da economia local. Ao longo de quase dois séculos, a Ramirez passou por guerras mundiais, crises econômicas, revoluções tecnológicas e mudanças drásticas nos hábitos de consumo, sempre mantendo a qualidade e a inovação como pilares. A empresa é conhecida por suas conservas de pescado, que incluem sardinhas, atum, cavala, bacalhau e uma variedade de outros produtos do mar, processados com técnicas que aliam a tradição artesanal à modernidade industrial.
A relação da Ramirez com o Brasil é tão antiga quanto profunda. Desde o início do século XX, os produtos da marca cruzaram o Atlântico, conquistando o paladar dos brasileiros. Essa longevidade no mercado nacional não é por acaso. Ela reflete a qualidade intrínseca dos produtos Ramirez, a percepção de valor que o consumidor brasileiro atribui aos produtos portugueses e a capacidade da empresa de construir uma relação de confiança duradoura. Inicialmente, a presença se dava através da importação e distribuição, estabelecendo uma rede que permitiu que a marca se tornasse conhecida e apreciada em diversas regiões do país. Essa base sólida é o ponto de partida para a atual estratégia de expansão, que busca aprofundar ainda mais essa conexão. O Brasil, com sua vasta população e crescente demanda por produtos de qualidade, representa um mercado estratégico fundamental para os planos globais da Ramirez.
A história da empresa é marcada por uma constante busca pela excelência e pela adaptação. Em um setor tão tradicional como o de conservas, a capacidade de inovar, seja na embalagem, nos sabores ou nos métodos de produção, é crucial para a sobrevivência e o crescimento. A Ramirez tem demonstrado essa capacidade, investindo em tecnologia de ponta, em pesquisa e desenvolvimento, e em práticas de sustentabilidade, que são cada vez mais valorizadas pelos consumidores modernos. A longevidade da marca é, em si, um atestado de sua qualidade e da confiabilidade de seus produtos, fatores que ressoam fortemente com o consumidor brasileiro.
A Estratégia de Reforço no Mercado Premium Brasileiro
Nos últimos anos, o mercado de alimentos no Brasil tem passado por uma transformação significativa. Há uma crescente demanda por produtos que ofereçam mais do que apenas nutrição básica; os consumidores buscam experiências gastronômicas, produtos com origem controlada, ingredientes de alta qualidade, e marcas com um forte propósito. É nesse contexto que a Ramirez decide reforçar sua estratégia no mercado premium brasileiro. Este segmento, embora mais restrito em volume, oferece margens de lucro superiores e uma oportunidade de construir uma imagem de marca ainda mais sofisticada e desejável.
O que significa “premium” para a Ramirez no Brasil? Significa oferecer produtos que se destacam pela qualidade superior dos peixes utilizados, pelo uso de ingredientes selecionados (como azeite de oliva extra virgem de primeira linha), por métodos de preparo que respeitam a tradição e o sabor original, e por uma embalagem diferenciada que reflete o valor do produto. A empresa busca posicionar suas conservas não apenas como um item prático para o dia a dia, mas como um ingrediente gourmet para pratos sofisticados, um aperitivo elegante ou um presente de bom gosto. Isso envolve uma comunicação de marketing que destaca a herança, a autenticidade e o cuidado em cada etapa da produção.
A aposta no segmento premium é inteligente por diversas razões. Primeiro, o Brasil possui uma classe média e alta em expansão, com maior poder aquisitivo e disposta a pagar mais por produtos de valor agregado. Segundo, há uma valorização crescente da gastronomia internacional e de produtos que remetem a uma cultura alimentar rica, como a portuguesa. Terceiro, o mercado premium é menos suscetível às flutuações econômicas e à concorrência de preços, permitindo à Ramirez construir uma marca mais resiliente e lucrativa. A estratégia envolve não apenas a introdução de novos produtos premium, mas também o aprimoramento da distribuição em canais especializados, como delicatessens, empórios, supermercados de alto padrão e lojas online focadas em produtos gourmet.
Para ter sucesso no mercado premium, a Ramirez precisa ir além da qualidade do produto. É essencial construir uma narrativa de marca convincente, que conecte o consumidor à longa história da empresa, aos seus valores e ao cuidado com o meio ambiente e as comunidades. A sustentabilidade, por exemplo, é um pilar importante. A pesca responsável, a rastreabilidade dos ingredientes e a redução do impacto ambiental são fatores que ressoam fortemente com o público premium e que a Ramirez já incorpora em suas operações globais. A empresa também pode explorar parcerias com chefs renomados e eventos gastronômicos para solidificar sua imagem como uma marca de excelência.
O Acordo UE-Mercosul: A “Virada de Chave” para Produzir no Brasil
A possibilidade de instalar uma fábrica no Brasil não é apenas um desejo, mas um plano estratégico concreto, e a concretização do acordo entre a União Europeia e o Mercosul é vista pela Ramirez como o fator determinante, a verdadeira “virada de chave”. Este acordo, que está em negociação há mais de duas décadas, promete criar uma das maiores áreas de livre comércio do mundo, abrangendo um mercado de mais de 700 milhões de pessoas e um PIB combinado de mais de 20 trilhões de dólares.
Para a Ramirez, os benefícios do acordo são múltiplos e impactam diretamente a viabilidade de uma operação de manufatura no Brasil:
1. Redução de Tarifas Aduaneiras: O principal benefício é a eliminação ou redução significativa das tarifas de importação e exportação de uma vasta gama de produtos. Isso significa que a Ramirez poderia importar matérias-primas específicas (como azeites especiais de Portugal ou certos tipos de peixe que complementam a produção local) para o Brasil com custos menores. Da mesma forma, produtos acabados fabricados no Brasil poderiam ser exportados para a União Europeia e outros países do Mercosul com vantagens tarifárias, tornando a operação brasileira um hub de exportação altamente competitivo.
2. Harmonização de Normas e Regulamentações: O acordo prevê uma maior convergência de normas técnicas, sanitárias e fitossanitárias entre os blocos. Isso simplificaria os processos de certificação e inspeção, reduzindo a burocracia e os custos associados à conformidade regulatória. Para uma empresa de alimentos, a padronização de exigências de qualidade e segurança alimentar é fundamental.
3. Facilitação do Comércio e Investimento: A criação de um ambiente comercial mais previsível e estável incentiva o investimento estrangeiro direto. A Ramirez teria maior segurança jurídica para alocar capital em uma fábrica no Brasil, sabendo que as regras do jogo são claras e que seus produtos terão acesso facilitado a mercados importantes. O acordo também pode simplificar os trâmites aduaneiros, agilizando o fluxo de mercadorias.
4. Acesso a Mercados Ampliados: Produzir no Brasil, com o acordo em vigor, permitiria à Ramirez acessar não apenas o mercado brasileiro de forma mais eficiente, mas também os demais países do Mercosul (Argentina, Uruguai e Paraguai) e, crucialmente, o vasto mercado da União Europeia. Essa escala de mercado é o que torna o investimento em uma fábrica tão atraente, pois dilui os custos fixos de produção e maximiza o potencial de vendas.
O acordo, portanto, não é apenas um facilitador, mas um multiplicador de oportunidades. Ele transforma o Brasil de um mercado de consumo em potencial para um centro estratégico de produção e exportação para a Ramirez. A empresa poderia aproveitar a mão de obra local, a disponibilidade de certas matérias-primas e a infraestrutura logística do país para abastecer uma região geográfica muito maior, consolidando sua presença global.
A Viabilidade de uma Fábrica no Brasil e os Fatores Considerados
A decisão de instalar uma fábrica no Brasil é complexa e envolve a análise de múltiplos fatores, que vão desde a disponibilidade de recursos até a infraestrutura logística e o ambiente regulatório. A Ramirez, como uma empresa com vasta experiência internacional, certamente está conduzindo um estudo de viabilidade rigoroso.
Entre os principais fatores que seriam considerados para a instalação de uma unidade fabril no Brasil, destacam-se:
1. Disponibilidade de Matéria-Prima: Embora a Ramirez seja conhecida por suas conservas de peixe, é importante avaliar a disponibilidade e a qualidade de espécies de peixes adequadas no litoral brasileiro, bem como a sustentabilidade das frotas pesqueiras locais. Além disso, a empresa precisaria de outros insumos, como azeite, sal, temperos e embalagens. O acordo UE-Mercosul facilitaria a importação de insumos específicos que não sejam encontrados ou não atendam aos padrões de qualidade desejados no Brasil.
2. Mão de Obra Qualificada: O Brasil oferece uma grande força de trabalho, mas a especialização na indústria de conservas pode exigir treinamento. A Ramirez precisaria avaliar a disponibilidade de técnicos e operários qualificados, ou estar disposta a investir em programas de capacitação.
3. Infraestrutura Logística: A localização da fábrica seria crucial. A proximidade de portos para importação de insumos e exportação de produtos acabados, bem como de rodovias para distribuição interna, é fundamental. A qualidade da infraestrutura de transporte e energia elétrica também seria um ponto crítico.
4. Custos de Produção: Isso inclui custos de energia, água, mão de obra, impostos e outros custos operacionais. Embora o ambiente regulatório seja um fator-chave, a competitividade dos custos gerais de produção é vital para a rentabilidade da fábrica.
5. Tecnologia e Equipamentos: A Ramirez possui tecnologia de ponta em suas fábricas. A transferência dessa tecnologia para o Brasil e a importação de equipamentos específicos seriam facilitadas pelo acordo UE-Mercosul, que reduziria tarifas e burocracia.
6. Adaptação ao Paladar Local: Uma fábrica no Brasil permitiria à Ramirez desenvolver produtos especificamente adaptados ao paladar e às preferências do consumidor brasileiro, além de otimizar o portfólio para o mercado local. Isso poderia incluir novos sabores, formatos de embalagem ou tipos de peixe.
7. Impacto Ambiental e Social: A Ramirez, como empresa global, provavelmente adota padrões elevados de responsabilidade socioambiental. A fábrica no Brasil teria que seguir essas diretrizes, investindo em tecnologias limpas, tratamento de efluentes e programas de engajamento comunitário.
A presença de uma fábrica da Ramirez no Brasil traria benefícios significativos para o país, como a geração de empregos diretos e indiretos, a transferência de tecnologia e conhecimento, o aumento da arrecadação de impostos e o fortalecimento da cadeia produtiva local. Além disso, a produção “Made in Brazil” poderia reforçar a identidade da marca e seu apelo junto aos consumidores brasileiros.
O Ambiente Regulatório Competitivo: O Que o Brasil Precisa Oferecer
Apesar de todos os benefícios do acordo UE-Mercosul e da estratégia da Ramirez, a decisão final de investir em uma fábrica no Brasil depende fundamentalmente de um ambiente regulatório mais competitivo. O que exatamente a Ramirez – e outras empresas estrangeiras – busca nesse quesito?
1. Simplificação Tributária: O sistema tributário brasileiro é notoriamente complexo e oneroso. Uma reforma que simplifique a base de impostos, reduza a carga tributária sobre a produção e o investimento, e ofereça maior previsibilidade seria um grande atrativo. A unificação de impostos, a clareza nas alíquotas e a eliminação de “guerras fiscais” entre estados são exemplos de medidas que tornariam o ambiente mais competitivo.
2. Desburocratização: Processos de licenciamento ambiental, sanitário, de construção e de importação/exportação são frequentemente lentos e burocráticos no Brasil. A agilização desses processos, a digitalização de serviços públicos e a redução da papelada são essenciais para atrair investimentos. A criação de “balcões únicos” para empresas e a simplificação de normas já existentes seriam muito bem-vindas.
3. Segurança Jurídica: Investidores estrangeiros precisam de garantias de que seus investimentos estarão protegidos e que as regras do jogo não mudarão abruptamente. Isso inclui a estabilidade das leis, a previsibilidade nas decisões judiciais e a proteção da propriedade intelectual. Um ambiente de negócios com segurança jurídica é fundamental para a tomada de decisões de longo prazo.
4. Incentivos Fiscais e de Investimento: Embora a simplificação geral seja importante, incentivos fiscais específicos para a instalação de indústrias em determinadas regiões ou para setores estratégicos podem ser decisivos. Reduções de impostos sobre a folha de pagamento, isenções para importação de máquinas e equipamentos, ou linhas de crédito subsidiadas para inovação e sustentabilidade são exemplos de políticas que podem atrair e reter investimentos.
5. Infraestrutura de Qualidade: O governo precisa investir continuamente em infraestrutura de transporte (rodovias, ferrovias, portos, aeroportos), energia (garantia de fornecimento e custos competitivos) e telecomunicações. Uma infraestrutura robusta e eficiente reduz os custos logísticos e operacionais para as empresas.
6. Combate à Corrupção: A percepção e a realidade da corrupção afetam a confiança dos investidores. Um ambiente de negócios transparente e com mecanismos eficazes de combate à corrupção é vital para atrair empresas que valorizam a ética e a boa governança corporativa.
A busca por um ambiente regulatório mais competitivo não é uma demanda exclusiva da Ramirez, mas uma necessidade de todo o setor produtivo. Países que conseguem oferecer essas condições se tornam polos de atração de investimentos, gerando crescimento econômico e desenvolvimento social. A concretização da fábrica da Ramirez seria um sinal claro de que o Brasil está avançando nessa direção, e um exemplo para outras empresas europeias que consideram expandir sua produção para o Mercosul. O governo brasileiro tem um papel fundamental em criar e manter essas condições favoráveis.
Impactos e Perspectivas Futuras: Uma Parceria Estratégica
A potencial instalação de uma fábrica da Ramirez no Brasil, impulsionada pelo acordo UE-Mercosul e por um ambiente regulatório mais favorável, representa muito mais do que apenas um investimento de uma empresa estrangeira. Ela simboliza uma parceria estratégica com potencial de gerar impactos positivos em múltiplas frentes.
Para a Ramirez, a fábrica no Brasil seria um passo gigante em sua estratégia de globalização. Permeteria à empresa diversificar sua base produtiva, reduzir riscos de concentração geográfica, otimizar custos logísticos e, crucialmente, expandir seu alcance no vasto e promissor mercado da América Latina, utilizando o Brasil como porta de entrada e hub de exportação. A marca consolidaria sua posição como líder global no setor de conservas, adaptando-se às dinâmicas de um mundo cada vez mais interconectado. A capacidade de produzir localmente significaria também maior agilidade para responder às demandas do mercado, desenvolver produtos específicos e fortalecer o relacionamento com fornecedores e consumidores brasileiros.
Para o Brasil, o investimento da Ramirez traria uma série de benefícios tangíveis e intangíveis. Em primeiro lugar, a criação de empregos diretos e indiretos, desde a construção da fábrica até as operações diárias, distribuição e serviços de apoio. Em segundo lugar, a transferência de tecnologia e know-how de uma empresa com quase dois séculos de experiência, o que pode elevar os padrões de qualidade e eficiência na indústria alimentícia brasileira. Em terceiro lugar, o aumento da arrecadação de impostos para o governo, contribuindo para o desenvolvimento de serviços públicos. Em quarto lugar, o fortalecimento da imagem do Brasil como um destino atraente para investimentos estrangeiros, especialmente no setor de alimentos, que é um dos mais importantes do país. A presença de uma marca de prestígio como a Ramirez poderia atrair outras empresas europeias, criando um efeito cascata positivo.
Além disso, a produção local de conservas de alta qualidade poderia impulsionar a cadeia de valor da pesca e agricultura brasileira, incentivando a pesca sustentável e o cultivo de insumos agrícolas com os padrões exigidos pela Ramirez. Isso poderia gerar um ciclo virtuoso de desenvolvimento para comunidades costeiras e rurais. A perspectiva de exportar produtos “Made in Brazil” para a União Europeia e outros mercados do Mercosul, sob a chancela de uma marca internacional, também reforçaria a qualidade e a competitividade dos produtos brasileiros no cenário global.
As perspectivas futuras são de um cenário de ganha-ganha. A Ramirez ganharia uma base estratégica para sua expansão global, e o Brasil ganharia um investimento significativo, empregos, tecnologia e um impulso para sua economia. Tudo isso, é claro, condicionado à concretização do acordo UE-Mercosul e à continuidade dos esforços do Brasil para criar um ambiente de negócios verdadeiramente competitivo e previsível. A história da Ramirez, marcada pela longevidade e pela inovação, sugere que a empresa está pronta para abraçar este novo capítulo, e o Brasil tem a oportunidade de ser um parceiro fundamental nessa jornada.
Conclusão Completa
A Ramirez, com sua rica herança de 172 anos e uma presença já centenária no Brasil, está em um momento crucial de sua estratégia global. A decisão de reforçar sua atuação no mercado premium brasileiro e a avaliação da instalação de uma fábrica no país são movimentos que sublinham a importância estratégica que a empresa atribui ao gigante sul-americano. Essa visão de longo prazo, que sempre pautou a trajetória da Ramirez, agora se volta para as oportunidades que um Brasil mais integrado ao comércio global pode oferecer.
O acordo UE-Mercosul emerge como o principal catalisador para essa expansão ambiciosa. Visto pela Ramirez como uma verdadeira “virada de chave”, o pacto tem o potencial de transformar radicalmente o cenário de negócios, reduzindo barreiras comerciais, harmonizando regulamentações e, em última instância, tornando o Brasil um hub de produção e exportação extremamente atraente. A capacidade de importar insumos específicos com menos entraves e de exportar produtos acabados para vastos mercados com vantagens tarifárias é um diferencial inegável que valida a aposta em uma operação fabril local.
No entanto, a concretização desse plano depende intrinsecamente da evolução do ambiente regulatório brasileiro. A Ramirez busca um cenário de negócios que seja não apenas promissor, mas também previsível e justo. Isso se traduz em uma demanda por simplificação tributária, desburocratização dos processos, segurança jurídica para os investimentos e uma infraestrutura de ponta. A capacidade do Brasil de oferecer um ambiente verdadeiramente competitivo será o fator determinante para que a empresa transforme sua intenção em realidade.
A instalação de uma fábrica da Ramirez no Brasil representaria um marco significativo para ambos os lados. Para a empresa portuguesa, seria um passo estratégico vital para sua expansão global e diversificação. Para o Brasil, significaria um investimento estrangeiro de peso, a geração de empregos e a transferência de tecnologia para a indústria nacional, além de fortalecer a imagem do país como um destino confiável para negócios internacionais. Seria a materialização de uma parceria que transcende o comercial, unindo tradição, inovação e um futuro promissor.
A história da Ramirez é uma prova de que a persistência, a qualidade e a capacidade de adaptação são fundamentais para o sucesso. O Brasil, com seu imenso potencial de mercado e recursos, tem a oportunidade de se posicionar como um parceiro estratégico nessa jornada. A expectativa é que as condições se alinhem para que essa “virada de chave” se concretize, abrindo um novo e emocionante capítulo na relação centenária entre a Ramirez e o Brasil, com benefícios mútuos e duradouros.
Fonte: https://investnews.com.br/negocios/portuguesa-ramirez-expansao-no-brasil/